sexta-feira, 26 de junho de 2009

Discreto como o próprio jazz


Os donos do lugar não gostam muito de publicidade e preferem que a propaganda seja feita boca a boca. Talvez por isso não haja qualquer sinal na entrada que indique se você está no lugar certo quando vai lá pela primeira vez. O letreiro diz apenas estacionamento. O manobrista me indica o caminho: desça até o fundo, vire à esquerda, siga em frente. E atravesso o corredor pouco iluminado, com quadros coloridos e molduras vazias enfeitando as paredes que dão passagem para a garagem transformada em clube.

Dentro, a decoração é simples: mesinhas e cadeiras diversas, antigas escrivaninhas e poltronas de madeira que parecem saídas dos velhos cinemas... tudo arrumado para nos dar a sensação de que entramos naquele quartinho de guardar quinquilharias. E um pequeno palco completa o ambiente. As apresentações de jazz acontecem às quintas-feiras e às sextas-feiras, a partir das 21 horas. E aos sábados, à partir das 20 horas. Só tem um pequeno inconveniente, a casa não aceita cartão como forma de pagamento.

O jazz nos fundos fica na rua João Moura, 1076, pertinho da praça Benedito Calixto e da rua Henrique Shauman.


Maiores informações, acesse o site: http://jazznosfundos.net/


Bom final de semana!!!

domingo, 21 de junho de 2009

Propaganda do bem

Esses dias, estava xeretando o orkut de um amigo e descobri que ele havia sido convidado para o lançamento de um livro de um novo poeta e amigo seu. Seu nome: Octávio Roggiero Neto. Visitei o perfil do poeta e tive uma agradável surpresa com a poesia com lirismo do cotidiano, simples e com belas palavras.

Não deu outra: encomendei o livro, cujo nome é Primícias Poéticas, e agora estou descobrindo outro escritor. Abaixo um trecho de um dos poemas do livro:

ela
ela, um dia, quem me dera...
ela, quimera que miro
ela, miragem e espera
ela, profundo suspiro
ela passa, o mundo pára
ela, meu poro transpira
ela, o coração dispara
ela severa se vira
ela deveras veneno
ela milagre me opera
ela, na lira que esmero
ela, que tudo supera
ela, só ela que quero
ela hora dessas me pira
ela, meu amor sincero
ela, verdade ou mentira?
ela vai fundo, viscera
ela-fera me devora
ela-puta não libera
ela, caixa de pandora
ela, que nunca tem hora
ela outra era, ano zero
ela, que não se demora
ela, talvez lero-lero